Jogo do #SeraMilCaras e a Bolinha de Papel Assasina
Para quem não tem videogame em casa vale entrar no link abaixo:
http://www.emoticonscrap.com/
PSDB e DEM não gostam de Negros!
Pesquisa da ONG Educafro, de frei David dos Santos, mostra que esta eleição dobrou o número de negros no Congresso.
Em 2006, dois negros se elegeram senadores. Agora, foram quatro. Os deputados eleitos há quatro anos eram 12. Agora, 22.
A pesquisa se baseou nas fichas do TSE em que os candidatos declaram sua raça.
Os únicos partidos grandes que não elegeram negros foram DEM e PSDB.
( http://oglobo.globo.com/rio/
- A segunda maior força eleitoral do país,o PSDB ( Serra ), teve centenas de candidatos, nenhum era negro(a) não tem um único negro(a) eleito(a), não teve um único negro(a) candidato(a), não tem um único negro(a) na direção do partido.
- Se o negro não serve pare ser candidato no PSDB ( Serra ), também não serve para ser eleitor do PSDB ( Serra ).
- Um partido que não tem negro(a) não pode representar o negro(a)
- Como pode um partido que quer chegar à presidência ignorar completamente a existência de 50% da população?
Confira a trajetória de Indio da Costa (DEM), vice de José Serra
Desconhecido da maioria dos brasileiros até sua indicação para a vice de José Serra, o deputado federal Antônio Pedro De Siqueira Indio Da Costa, o Indio da Costa, nasceu em 21 de outubro de 1970 e é bacharel em direito pela Universidade Cândido Mendes. É filho do arquiteto Luiz Eduardo Indio da Costa e da decoradora Ana Maria Índio da Costa.
Especialista em Políticas Públicas pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Costa iniciou sua trajetória na política em 1996, ao ser eleito vereador pela capital fluminense. Antes, havia assumido seu primeiro cargo público em 1994, quando tornou-se "prefeito" do Parque do Flamengo.
Em seu primeiro mandato, da Costa apresentou projeto de lei - posteriormente arquivado - para punir quem oferecesse esmolas a pedintes nas ruas do Rio de Janeiro. Na proposta, a mendicância era tida como um "vício". Na época, também tentou proibir, sem sucesso, o comércio de ambulantes na cidade. Reelegeu-se para o cargo para os dois mandatos seguintes (2001-2004 e 2005-2008).
Licenciou-se do cargo em 2000 para assumir a Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro, durante o mandato do então prefeito César Maia - do qual é até hoje um grande aliado. Permaneceu na pasta até 2006.
Durante sua gestão, foi acusado pela CPI da Merenda na Câmara Municipal de ter favorecido uma empresa na compra de lanches para alunos da rede pública, mas não chegou a ser indiciado.
Iniciou seu primeiro mandato como deputado federal em 2007. No ano seguinte, ganhou destaque quando se tornou sub-relator da CPI dos Cartões Corporativos. Em 2008, conquistou projeção nacional como um dos relatores do Projeto Ficha Limpa. Como deputado, chegou a defender um plebiscito sobre a pena de morte no país.
No mesmo ano, tentou obter a indicação de seu partido para concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro, mas foi dissuadido pelo próprio César Maia.
É divorciado da espanhola Olivia Alvarado, com quem tem uma filha de 6 anos, Sofia, que mora na Europa e passa as férias de julho no Brasil com o pai. Em 1998, namorou Rafaella, filha do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso no Rio de Janeiro.
Campanha de #SerraMilCaras
Quem acompanhou as eleições de 2004 e 2008 para a Presidência dos Estados Unidos sabe quais golpes baixos o Partido Republicano - aquele mesmo, conservador, belicista, ultrarreligioso - utilizou para tentar desqualificar os candidatos do Partido Democrata. Em 2004, John Kerry foi pintado como o "flip flop", o "duas caras". Em 2008, lançaram-se dúvidas sobre a origem de Obama: questionaram se ele era mesmo americano, ou se era muçulmano, etc. Em comum, uma campanha marcada pelo ódio, pela boataria na Internet, pela disseminação do medo contra o suposto comunismo dos candidatos da esquerda e a ameaça que representariam à democracia e aos valores cristãos.
Você nota aí alguma coincidência com a campanha de José Serra, a partir de meados de setembro de 2010?
Não?
Então vamos compilar algumas acusações, boatos e promessas que surgiram nas ruas, na internet, na televisão e nos jornais, com o objetivo de desconstruir a imagem da candidata adversária, ao mesmo tempo em que tentam atrair votos com base em mentiras e oportunismo.
Campanha terceirizada:
Panfletos pregados em periferias associaram a candidatura de Dilma a tudo o que, na ótica conservadora, ameaça a família e os bons costumes;
Panfletos distribuídos de forma apócrifa disseram que Dilma é assassina, terrorista e bandida, com argumentos dignos da época da Guerra Fria;
E você acha que isso foi iniciativa isolada de apoiadores, sem vínculo com o comando central da campanha? Sinto lhe informar, mas não é o caso: é o PSDB mesmo que financiou e fomentou esse tipo de campanha de baixo nível.
Oportunismo religioso:
- José Serra distribuiu panfletos em igrejas, associando seu nome a Jesus Cristo;
- José Serra pagou campanhas de telemarketing para associar o nome de Dilma ao aborto;
- Até hino em igreja evangélica o Serra cantou;
- José Serra começou a ir a missas constantemente, de forma tão descarada que chamou atenção dos fiéis;
Promessas de campanha oportunistas:
- O PSDB criticou o Bolsa Família durante boa parte do governo Lula; mas agora, José Serra propõe o 13º do Bolsa Família;
- O PSDB defende a bandeira da austeridade fiscal e da contenção dos gastos públicos - foi no governo FHC que se criou o "fator previdenciário"; mas para angariar votos, Serra prometeu um salário mínimo de 600 reais e reajuste de 10% para os aposentados;
- O PSDB criticou o excesso de Ministérios criados por Lula, mas nesta campanha, Serra já falou que vai criar mais Ministérios;
- O DEM do vice de Serra ajuizou ação no STF contra o ProUni, mas agora diz que defende o programa;
- O PSDB se pintou de verde para atrair os eleitores de Marina no 1º turno, mas é justamente o partido de preferência da bancada ruralista e dos desmatadores da Amazônia;
Incoerência nas acusações:
- Serra acusou a Dilma de ser duas caras, mas ele mesmo entrou em contradição sobre suas relações com o assessor Paulo Preto; Video
- Serra tentou tirar votos de Dilma dizendo que ela era favorável ao aborto, sendo que ele, como Ministro, regulamentou a prática no SUS;
- Mônica Serra chamou Dilma de "assassina de crianças", sendo que ela mesma já teve que promover um aborto;
- José Serra nega que seja privatista, mas já foi defensor das privatizações, tendo o governo FHC a deixado a Petrobras em frangalhos;
- Serra acusa Dilma de esconder seu passado, mas ele mesmo esconde muita coisa;
- A campanha de Serra lança dúvidas sobre o passado de resistência de Dilma, mas omite que dois dos seus principais apoiadores, Fernando Gabeira e Aloysio Nunes Ferreira, pegaram em armas na resistência contra a ditadura, e que ele, Serra, também militou numa organização do tipo;
- Serra associa Dilma a figuras controversas como Renan Calheiros, Fernando Collor e José Sarney, mas esconde o casal Roriz, Roberto Jefferson, Paulo Maluf, ACM Neto, Orestes Quércia e outros apoiadores nada abonadores. Aliás, antes do Indio da Costa (que aliás pertence a uma família de tutti buona gente), quem era cotado para vice dele era o Arruda, do mensalão do DEM, lembra-se?
Isso sem citar os boatos que circulam nas ruas, nos ônibus, nas conversas de bar e entre taxistas.
E então: você ainda acha que a campanha de Serra é propositiva, digna, limpa? Um candidato que se vale de expedientes tão sujos para chegar ao poder merece o seu voto?
Campanha de Serra é flagrada distribuindo alimentos no RS
Caminhão carregando sacolas com alimentos e propaganda do candidato tucano foi apreendido no final da tarde desta quinta feira, entre os municípios de Coxilha e Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul. Três pessoas foram presas e encaminhadas à Polícia Federal. Segundo denúncia encaminhada ao MP Eleitoral, caminhão saiu do comitê central de Serra em Passo Fundo carregado de sacolas com alimentos para serem distribuídos na periferia do vizinho município de Coxilha. Junto com a sacola pessoas recebiam bandeira de Serra.
Redação
>>VEJA ÁLBUM DE FOTOS>>A Polícia Rodoviária Estadual do Rio Grande do Sul, em ação articulada com a Polícia Federal e com o Ministério Público, prendeu no final da tarde desta quinta-feira um caminhão da campanha de José Serra (PSDB) e três pessoas que foram flagrados distribuindo sacolas com alimentos no bairro Cohab, município de Coxilha, próximo a Passo Fundo. Há alguns dias, um caminhão de som da campanha de Serra foi visto circulando em Passo Fundo carregando sacolas com alimentos. Militantes da campanha de Dilma Rousseff (PT) conseguiram fotografar o caminhão transportando ranchos e comunicaram a polícia e o Ministério Público Eleitoral.
Nesta quinta, o caminhão saiu do comitê central da campanha de Serra em Passo Fundo e foi até Coxilha onde, no bairro Cohab, distribuiu cerca de 30 sacolas de alimentos. Tudo foi devidamente fotografado. No retorno a Passo Fundo, o caminhão acabou sendo parado em um posto de pedágio e foi apreendido, ainda carregando sacolas com alimentos. Três pessoas foram detidas e encaminhadas à Polícia Federal de Passo Fundo. O delegado Celso André está cuidando do caso.
O promotor eleitoral Paulo Cirne recebeu a denúncia de que um caminhão estaria percorrendo a periferia de Coxilha, distribuindo alimentos. Junto com a sacola de alimentos, os beneficiados estariam recebendo uma bandeira da campanha de José Serra. Paulo Cirne alertou para o posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar que interceptou o caminhão carregado ainda com várias sacolas de alimentos.
Dois dos detidos admitiram à Polícia Federal que distribuíram alimentos com fins eleitorais. O terceiro disse que só falará em juízo.
Dragão da Independência
2- No dia seguinte, o mesmo homem idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e falou com o mesmo Dragão: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra. O soldado novamente disse: Senhor, como lhe falei ontem, o Sr Serra não é presidente e nem mora aqui. O homem agradeceu e novamente se foi.
3- Dia 04 de janeiro ele voltou e se aproximou do Palácio Alvorada e falou com o mesmo guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra. O soldado, compreensivelmente irritado, olhou para o homem e disse: Senhor, este é o terceiro dia seguido que o Senhor vem aqui e pede para falar com o Sr. Serra. Eu já lhe disse que ele não é presidente, nem mora aqui. O Senhor não entendeu? O homem olhou para o soldado e disse: Sim, eu compreendi perfeitamente, MAS EU ADORO OUVIR ISSO!!! O soldado, em posição de sentido, prestou uma vigorosa continência e disse: Até amanhã, Senhor!!!
Serra Mil Caras e a Bolinha de Papel
Quem não aguenta uma bolinha de papel e ainda forja ter sido ferido chegando ao cúmulo de realizar uma tomografia não pode de jeito nenhum chegar a presidência da República !!!
O Serra é do bem. Do bem rico!
Vídeo do SBT mostrando o caso da bolinha de papel.
Algumas Twittadas sobre o caso separadas por Erik Haagensen
Del_Pozzo Gilberto Del’ Pozzo
#Fodeo RT @livino #Folha de S. Paulo:Polícia encontra pacote com 500 folhas de papel A4 em comitê de Dilma #BolaDePapelFacts #bolinhadepapel
caio_feitosa Caio Feitosa
BOMBA: Serra diz que cidadão que for pego portando papel será indiciado por porte ilegal de arma. #serrafacts
mozartfaggi mozart
Ultimo boletim médico: Serra não tem nada na cabeça. #SerraRojas #bolinhadepapel
livino Livino
Militante que atirou #bolinhadepapel em Serra é condenado a uma semana sem recreio. #BolaDePapelFacts
fabconde Fabricio Condé
#BolinhaDePapel: R$0,50. Tomografia em Clinica Particular R$700,00. Ver a Verdade vencer a Mentira: Nao tem preço. #Brasil13 #SerraRojas
caiocard Caio Cardoso
Nunca antes na história desse país se viu uma #boladepapel derrubar uma máscara tão perfeitamente. #BolaDePapelFacts #SerraRojas
DanielCruz733 Daniel Cruz
RT @Plinio Na bolinha de papel tava escrito: “Não se larga um lider ferido na estrada” Ass: Paulo Preto #serrarojas #BolaDePapelFacts
ironjr Iron Júnior
por debypio
Quem nunca errou que atire a 1a #bolinhadepapel ! #serrarojas #serramilcaras
Rafael_213 ‘_Rafael_’
Serra disse que se ganhar, vai proibir a venda de papel A4. #serrarojas #serramilcaras #bolinhadepapel
livino Livino
#Globo: Serra promete tomógrafos em todas as escolas do país. #BolaDePapelFacts #bolinhadepapel
carlac_gomes @carlagomes
Ibope confirma! #Bolinhadepapel é mais popular que o #serrarojas!! PSDB analisa a possibilidade de substituir o candidato!
Del_Pozzo Gilberto Del’ Pozzo
Em 2002 a esperança venceu o medo, agora a #bolinhadepapel desmascarou a mentira,a #mídia e o #Serra e juntos. #serraRojas #boladepapelfacts
kristian_pascoa Kristian Páscoa
#ALERTA: Quando a criançada descobrir q #BolinhaDePapel dá 24h de repouso as escolas ficarao vazias. #SerraRojas
livino Livino
Pedra vence tesoura, tesoura vence papel, papel vence Serra. #BolaDePapelFacts #bolinhadepapel
ozeguerra José Guerra
#bolinhadepapel pesando 2k = 500 folhas de papel A4. Se Indio da Costa estiver falando a verdade, Serra foi atingido pelo dossiê do Aécio.
rodolfomarconi Rodolfo Marconi
Isso pq a #bolinhadepapel era branca, pq se fosse preta ja iam falar que foi o Paulo ..
kmahayri Kalil Mahayri
se uma #bolinhadepapel fez Serra ir ao hospital … uma borracha provavelmente o faria finjir de mortoo!
livino Livino
Mas lembrem-se: nada de tentar embarcar em avião com #bolinhadepapel, hein?
peteroliveira17 Peter Oliveira
Eu sou contra este ato de violência. Hoje foi uma #BolinhadePapel. e amanha? Confetes, Serpentinas? onde esse mundo vai parar? #serrarojas
eulerdn Euler
A bala de prata era uma #bolinhadepapel
livino Livino
Serra vai denunciar o governo brasileiro à ONU por programa secreto de enriquecimento de celulose. #BolaDePapelFacts #bolinhadepapel
deozita Deo Gabiatti
by cyber2010cybele
É, ainda bem que foi uma bolinha de papel. Se fosse um aviãozinho iam dizer que foi um ataque terrorista. #serrarojas #boladepapelfacts
caiocard Caio Cardoso
Nunca antes na história desse país se viu uma #boladepapel derrubar uma máscara tão perfeitamente. #BolaDePapelFacts #SerraRojas
NarleyResende Narley Neto
by Tiago_Rossini
Fita crepe nega envolvimento e diz não conhecer bolinha de papel. #boladepapelfacts #serrarojas
JoaoCarlos2010 João Carlos
by bafhell
Serra é lerdo mesmo. Bush escapou de sapatada. Serra é atingido por bolinha de papel #boladepapelfacts #serrarojas
Lais_MD Laís Meireles Duarte
RT @Bella_Azevedoo A Chamex está sendo investigada pela Polícia Federal por dar suporte para ataques terroristas. #boladepapelfacts / hahaha
opetista O Petista
by ayeshaluc
De olho no apoio de Marina, PT promete que de agora em diante, só bolinhas de papel reciclado. #serrarojas #boladepapelfacts
thiago_yure thiago yure
by sfsteiger
Dilma enfrentou a ditadura e agüentou tortura. Serra não agüenta nem bolinha de papel. Frouxo #boladepapelfacts #serrarojas
thiagocarames Thiago Caramês
by giliate
O Globo:”Agressor é preso portando uma bola de papel calibre A4. O homem é vizinho do primo do cunhado da filha da Dilma” #boladepapelfacts
ErikaABL Erika Lima
by vieira707
“O exame de ‘bolística’ determinou que o projétil saiu de um chumaço de Maxprint, calibre A4.” #BolaDePapelFacts :uma comédia!
ary_jr ary jr.
by AMMIRaMIL
Iranianos lançam projeto de enriquecimento de celulose. #BolaDePapelFacts
FabiaPessoa Pessoa
Após ser atingido por bola de papel, Serra recupera a memória e lembra quem é o Paulo Preto #boladepapelfacts #SerraRojas
criscarreiro Cris Carreiro
by caiocard”video absolve rolo de fita e acusa bola de papel q nega vinculo partidário!” #serrarojas #boladepapelfacts
O caluniador, figura da barbárie
De todas as eleições presidenciais realizadas após a redemocratização, esta é certamente aquela que a calúnia cumpre um papel mais central na definição do voto. Ela foi utilizada em um momento decisivo por Collor contra Lula, compareceu sempre todas as vezes nas quais Lula foi candidato mas agora ela mudou de intensidade e abrangência, tornou-se multiforme e onipresente.
A calúnia foi ao centro da nossa vida democrática. A senhora ao lado no ônibus me diz que recebeu a informação que Dilma desafiou Jesus Cristo em um comício realizado na Praça da Estação, em Belo Horizonte. O motorista de táxi conta que um médico lhe assegurou que um outro médico, seu amigo, diagnosticou gonorréia em Dilma.
Um e-mail recebido traz documento do TSE impugnando a candidatura de Dilma por ter “ficha suja”. Um aluno me diz ter recebido carta em casa da Regional 1 da CNBB, contendo mensagem para não votar em Dilma por ser contra a vida. Um comerciante na papelaria me diz que “não vota em bandida”. Após divulgar o resultado da primeira pesquisa Sensus/CNT para o segundo turno, o sociólogo Ricardo Guedes, afirmou que “nessa eleição, principalmente no final do primeiro turno, temos um fenômeno sociológico de natureza cultural de desconstrução de imagem. O processo de difamação, até certo ponto, pegou.” Quem conhece alguém que não recebeu uma calúnia contra Dilma ?
Houve uma mudança nos meios: a internet permite o anonimato e a profusão da calúnia. A Igreja brasileira, sob a pressão de mais de duas décadas de Ratzinger, tornou-se mais conservadora na sua cúpula e mobiliza hoje uma mensagem de ultra-direita, como não se via desde 1964. A mídia empresarial brasileira, já se sabia, vinha trilhando o seu caminho de partidarização e difamação pública, no qual até o direito de resposta tornou-se um crime contra a liberdade de expressão. Mas tudo isso não havia encontrado ainda o seu ponto de fusão: agora, sim.
O que está ocorrendo aos nossos olhos não pode ser banalizado. O caluniador é uma figura da barbárie, o sinistro que mobiliza o submundo dos preconceitos, dos ódios e dos fanatismos. A calúnia traz a violência para o centro da cena pública, pronunciando a morte pública de uma pessoa, sem direito à defesa. Perante a calúnia não há diálogo, direitos ou tribunais isentos. Na dúvida, contra o “réu”: a suspeição atirada sobre ele, visa torná-lo impotente pois já, de partida, a humanidade lhe foi negada.
Mas quem é o caluniador, essa figura de mil caras e rosto nenhum? É preciso dizer alto e bom som, em público, o seu nome, antes que seja tarde: o nome do caluniador é hoje a candidatura José Serra! Friso a candidatura porque não quero exatamente negar a humanidade de quem calunia. É o que fez, com a coragem que lhe é própria, a companheira Dilma Roussef no primeiro debate do segundo turno, apontando o nome de uma caluniadora – a mulher de Serra – e chamando o próprio de o “homem das mil caras”.
Dia a dia, de forma crescente e orquestrada, a calúnia foi indo ao centro de sua campanha, de sua mensagem, de sua fala, de sua identidade proclamada, de seus aliados midiáticos, de parceiros fanáticos (TFP) ou escabrosos (nazistas de Brasília), de sua estratégia eleitoral e de seu cálculo. “Homem do bem” contra a “candidata do mal”? Homem de uma “palavra só” contra a “mulher de duas caras”? Político “ficha limpa” contra a “candidata ficha suja”? Protetor dos fetos e dos ofendidos (como mostra a imagem na TV) contra aquela que “assassina criancinhas”, como disse publicamente sua mulher? Homem público contra a “mulher das sombras”?
O que está se passando mesmo aqui e agora na jovem democracia brasileira? Que arco é este que vai da TFP a Caetano Veloso, quem , quase em uníssomo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, chamou o presidente Lula de analfabeto e ignorante já no início deste ano? Afinal, que cruzada é esta e qual a sua força ?
O que está ocorrendo aqui e agora é uma aliança dirigida por um liberal conservador com o fanático religioso e com o proto-fascista. Cada uma dessas figuras – que sustentam o lugar comum da calúnia – precisa ser entendida em sua própria identidade e voz. A democracia brasileira ainda é o lugar da razão, do sentimento e da dignidade do público: por isso, defender a candidatura Dilma Roussef é hoje assumir a causa que não pode ser perdida.
Liberalismo conservador: o criador e sua criatura – Nunca como agora em que esconde ou quase não mostra a imagem de Fernando Henrique Cardoso, Serra foi tão criatura de seu mestre intelectual. É dele que vem o discurso e a narrativa que, ao mesmo tempo, dá a senha e liga toda a cruzada da direita brasileira.
A noção de que o PT e seu governo ameaçam a liberdade dos brasileiros pois instrumentalizam o Estado, fazem reviver a “República sindical”, formam gangues de corrupção e ameaçam a liberdade de expressão não deixa de ser uma evocação da vertente lacerdista da velha UDN. Mas certamente não é uma doutrina local.
A cartilha do liberal-conservador Fernando Henrique Cardoso é um autor chamado Isaiah Berlin, autor de um famoso ensaio “Dois conceitos de liberdade” e do livro “A traição da liberdade. Seis inimigos da liberdade humana”. Neste ensaio e neste livro, define-se a liberdade como “liberdade negativa”, isto é aquele espaço que não é regulado pelas leis ou pelo Estado contraposto à noção de “liberdade positiva”. Quanto menos Estado, mais liberdade; quanto mais Estado, menos liberdade. Ao confundir liberdade com autonomia, ao vincular liberdade aos ideais de justiça ou de interesse comum, republicanos, sociais-democratas, liberais cívicos e, é claro, socialistas, trairiam a própria idéia de liberdade.
É por este conceito e seus desdobramentos que Fernando Henrique mobiliza o clamor midiático contra o PT e o governo Lula. É este conceito que estrutura também o discurso de Serra, que acusa o governo Lula de ser proto-totalitário. É evidente que o conceito não é passado de forma iluminista: a mídia brasileira tornou-se uma verdadeira artista na criação das mediações de opinião, imagem e notícia que se centralizam, em última instância, neste conceito. Daí ele dialoga com o senso comum.
Seja dito em favor de Fernando Henrique Cardoso: é o lado mais sombrio de seu liberalismo que vem à tona agora, na cena agônica, quando o candidato que representa a sua herança ameaça perder pela última vez. Pois este liberalismo sempre foi de viés cosmopolita, atento em seu diálogo com os democratas norte-americanos e aos “filósofos da Terceira Via”, a certos direitos inscritos na pauta, como aqueles da liberdade sexual, do direito ao aborto legal, dos gays, dos negros, da vida cultural. Mas agora para fazer a ponte com o fanatismo religioso, ele resolveu descer aos infernos: nada sobrou de progressista na candidatura Serra, das ameaças à Bolívia à moral sexual de Ratzinger?
O liberal conservador não é o fanático religioso nem o proto-fascista, aquele que julga que a melhor maneira de dissuadir o adversário é simplesmente eliminá-lo. Mas dialoga com eles na causa comum de derrotar os “proto-totalitários” de esquerda”. Como disse bem, Jean Fabien Spitz, autor de “ O conceito de liberdade”, os ensaios de Berlin trazem o sentido e a tonalidade da época da “guerra fria”.
O fanático religioso: os frutos de Ratzinger – Se a social-democracia, o republicanismo e o socialismo são os inimigos de Berlin, a Modernidade em um sentido amplo é o inimigo central do ex-cardeal Ratzinger. O programa político- teológico que veio construindo a ferro e fogo nestas últimas três décadas é centrado na idéia que é preciso restaurar a dogmática da fé contra os efeitos dissolutivos da moral emancipadora, da racionalização científica e da secularização. Este discurso político, que se fecha no fundamentalismo religioso, como bem denunciou Leonardo Boff, é, na verdade, um discurso de poder, de recentramento do poder do Vaticano.
Neste programa, não é apenas a esquerda enquanto topografia política que é o inimigo mas principalmente o processo de emancipação das mulheres. Entre a “Eva pecadora” e a “Maria mãe de Deus” não há outra identidade possível às mulheres.
A dimensão fundamentalista desde discurso não reconhece o direito do pluralismo na política, nem mesmo na linha do “consenso sobreposto” proposto por John Rawls ( a possibilidade de convergências sobre direitos, partido de um pluralismo de fundamentos). Ou se concorda ou se é proscrito, ex-comungado ou desqualificado.
É essa idéia força, que veio ganhando terreno na hierarquia do clero brasileiro a partir das perseguições à Teologia da Libertação, que agora irrompe na política brasileira, difamando Dilma Roussef. A calúnia é conveniente ao fundamentalista religioso: nesta visão de mundo, não há luz e sombra, não há e não pode haver semi-tons: quando Serra proclamou que o “direito ao aborto no Brasil seria uma carnificina”, ele estava dando a senha para a campanha difamatória da direita católica e evangélica.
O proto-fascista e seus privilégios – Todo processo político e social de democratização e de inclusão tão amplo como o que está se vivendo no Brasil provoca reações de resistência e regressão política à sua volta. Mas este também não é um fenômeno apenas brasileiro: observa-se à volta de nós fenômenos e operações muito típicas daquelas que estão sendo promovidas pela direita republicana norte-americana contra Obama ou que percorrem quase todo o continente europeu em torno ao tema dos imigrantes.
O proto-fascista brasileira não veste camisa preta nem usa suástica no braço ( embora, é claro, ninguém duvide, redes simbolicamente ostensivas estão em ação), nem precisa ser sociologicamente configurado como “lumpen proletariado” ou “pequeno burguesia vacilante”, para lembrar as figuras de uma linguagem simplificadora. O proto-fascista brasileiro é aquele que não quer receber em sua casa comum – a democracia brasileira – estes que não que reconhecem mais o seu antigo lugar, os pobres e os negros.
Há uma violência inaudita no ato do jornal liberal “O Estado de São Paulo” em punir com a demissão Maria Rita Kehl, por escrever um artigo em prol da dignidade dos pobres. Esta violência, que está muito distante do proclamado pluralismo mesmo restrito de alguns liberais, cheira a proto-fascismo, este ato que pretende abolir as razões públicas dos pobres simplesmente negando dignidade a eles.
A força da liberdade que hoje mora no coração dos brasileiros, os braços abertos do Cristo Redentor e o que há de imaginação e magnífica pulsão de vida na cultura popular dos brasileiros são os verdadeiros antídotos contra as figuras do ódio do caluniador.Por detrás da sua máscara, o povo brasileiro há de reconhecer os centenários adversários de seus direitos.
Diante do caluniador, somos todos hoje Dilma Roussef!
Por Juarez Guimarães
José Serra: testado e aprovado
Por exemplo:
Cratera do metrô em São Paulo: Obra do Serra
(Testado e Aprovado!)
Viaduto do RoboAnel em São Paulo: Obra do Serra
(Testado e Aprovado!)
Rio Tietê limpo: mais uma grande obra!
Quem é que deixou o rio limpinho, despoluído? Ora, o ambientalista José Serra! (Testado, aprovado e ainda ganhou todos os votos "verdes" de Marina depois dessa)
Plataforma P-36 afundando...
A maior plataforma de petróleo do mundo, desaparecendo em minutosŠ: Uma grande obra do governo do qual Serra foi Ministro do Planejamento (Planejamento?) ...
Primeiro sucateie a empresa que você quer privatizar. Depois, diga que "o Estado não é um bom gestor" e aí sim, poderás privatizar à vontade. Ainda bem que eles, tucanos, não tiveram tempo de vender a Petrobrás - clique no link e veja como os tucanos iriam vender (doar) TUDO...
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/10/fhc-e- )serra-iam-vender-tudo-bb- caixa-e-a-joia-da-coroa-a- petrobras/
Grandes obras também como Ministro da Saúde
(Testado e...)
Máfia das Sanguessugas?
Uma grande obra no setor elétrico: Racionamento de energia durante 9 meses
O famoso APAGÃO. Obra do governo FHC e seu Ministro do Planejamento José Serra (Testados e Aprovados!)
Esse é José Serra: testado e aprovado!
Serra levará o Brasil de volta às Grandes Obras!
A hipocrisia e o cinismo de José Serra está indo além do que possamos imaginar.
Primeiro, com muito cinismo, elogiou Marina Silva em busca de apoio da mesma, com todos sabendo da sua acusação à candidata do PV de ter recebido mensalão em debate na TV.
Depois em São Paulo voltou a demonstrar sua face hipócrita.
Em busca do apoio de votos de Marina Silva, candidata derrota do PV no primeiro turno da eleição presidencial, o tucano José Serra fez nesta terça-feira propaganda de seus projetos na área ambiental e ainda se declarou um político bastante próximo de questões de sustentabilidade. Depois de visitar obras de ampliação de uma avenida que liga São Paulo a Mauá, na região do ABC, Serra disparou:
- Eu sou um ambientalista convicto, não só na teoria, mas na prática - disse ele destacando iniciativas nessa área de quando era governador de São Paulo.(mais no O Globo)
Verdadeiramente o cinismo e hipocrisia de José Serra beira o ridículo.
Quem não mora em São Paulo pensa que estamos diante de um grande defensor do meio ambiente mesmo. Dá até vontade de acreditar.
Mas quem acompanhou de fato, por exemplo, a construção do Rodoanel sabe muito bem o que estou falando.
Inclusive a própria Marina Silva afirmou claramente sobre os crimes cometidos contra o meio ambiente no estado coma a construção do Rodoanel em visita a região do ABCD.
Em entrevista coletiva, a senadora criticou a obra viária do ex-governador e candidato tucano José Serra, que, segundo Marina, previa uma série de compensações ambientais para os municípios que recebem o Trecho Sul do anel viário, mas não foram realizados adequadamente.
“Nem todas as compensação foram realizadas. A obra é importante, mas tem que fechar um ciclo, seja bom do ponto de vista da mobilidade, social ou ambiental. É para isso que existem os processos de planejamento e o licenciamento ambiental”, criticou a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula, entre os anos de 2003 e 2008. (mais na Rede Bom Dia)
E no site Socioambiental, também pode-se ter uma noção de quanto José Serra "é um ambientalista convicto e não só na teoria, mas na prática"...
Dentre as compensações não cumpridas - ou cumpridas de modo insatisfatório - há a recuperação dos passivos ambientais, o reassentamento habitacional, a implantação das caixas de contenção de líquidos para acidentes com cargas perigosas e o monitoramento do ruído lindeiro. O ruído, por sinal, tem sido objeto recorrente de reclamações de moradores, que afirmam que o barulho vindo da estrada tem ultrapassado em 40% o limite legal de decibéis estabelecido pela Organização Mundial da Saúde -tornando insuportável a vida no entorno do Rodoanel. Estes problemas, nem suas possíveis soluções, por sinal, não estão sequer registrados nos documentos referentes ao licenciamento do trecho sul.
O site mostra um retrospecto dos desmandos e crimes ambientais cometidos por José Serra desde o início do seu governo na construção do Rodoanel.
Em outro site, o Ambiente Brasil, nós proseguimos em conhecer mais a face hipócrita e mentirosa de José Serra quando se fala em defesa do meio ambiente.
Mais de cem animais silvestres já morreram desde o início das obras de construção do Trecho Sul do Rodoanel em áreas de mata atlântica. Parte era de espécies ameaçadas de extinção. São veados catingueiros, macacos bugios, preguiças de três dedos, lagartos teiús, gambás, cobras, corujas orelhudas e várias outras espécies que deveriam passar por manejo cuidadoso, mas tiveram ferimentos graves ou sofreram estresse profundo – que resultaram em óbito.
Todos precisaram passar por eutanásia, por causa dos ferimentos múltiplos e da impossibilidade de sobreviver. Um dos veados catingueiros, espécie ameaçada de extinção, estava com a coluna vertebral fraturada. Outro teve a parte posterior do corpo mutilada por mordidas de cães. “Com certeza foram cachorros da vizinhança da obra. Os veados, à procura de alimentos, ficam perdidos entre a urbanização e o Rodoanel.” O Estudo de Impacto Ambiental do Trecho Sul identificou a existência de 163 espécies de aves, 23 de mamíferos e nove de répteis que habitavam as áreas das obras, principalmente nas cidades de São Bernardo do Campo e Diadema. As obras começaram em 2007. (mais no Ambiente Brasil)Como se vê, a falácia de José Serra, com anuência da grande mídia que ainda divulga essas mentiras sem questionar tais fatos é de uma hipocrisia sem tamanho.
Ele não possui o mínimo de vergonha em falar uma inverdade desta mesmo sabendo que cometeu esses graves crimes ambientais em seu governo.
É o desespero de quem vê a iminente e certa derrota se aproximando em mais uma eleição onde tenta enganar o povo brasileiro.
E a verdadeira face deste tucano vais se definindo: hipocrisia, engodo e cinismo.
Reportagem mostra envolvimento de Serra com nepotismo e esquema de caixa 2 junto com Paulo Souza
Serra desonesto e mentiroso!
Por Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira
Nas últimas semanas, o engenheiro Paulo Vieira de Souza tem sido a principal dor de cabeça da cúpula tucana. Segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTOÉ, Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais de 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra.
Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido. Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas”, afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB. “Não podemos calcular exatamente quanto o Paulo Preto conseguiu arrecadar.
Sabemos que foi no mínimo R$ 4 milhões, obtidos principalmente com grandes empreiteiras, e que esse dinheiro está fazendo falta nas campanhas regionais”, confirma um ex-secretário do governo paulista que ocupa lugar estratégico na campanha de José Serra à Presidência.
Segundo dois dirigentes do primeiro escalão do partido, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”.
Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores. “Essa arrecadação foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas”, afirmou à ISTOÉ Evandro Losacco, membro da Executiva do PSDB e tesoureiro-adjunto do partido, na quarta-feira 11.
O suposto desvio de recursos que o engenheiro teria promovido nos cofres da campanha tucana foi descoberto na segunda-feira 2. Os responsáveis pelo comitê financeiro da campanha de Serra à Presidência reuniram-se em São Paulo a fim de fechar a primeira parcial de arrecadação, que seria declarada no dia seguinte à Justiça Eleitoral.
Levaram um susto quando notaram que a planilha de doações informava um montante muito aquém das expectativas do PSDB e do esforço empenhado pelos tucanos junto aos doadores: apenas R$ 3,6 milhões, o equivalente a um terço do montante arrecadado pela candidata do PT, Dilma Rousseff. Ciosos de seu bom trânsito com o empresariado, expoentes do PSDB não imaginavam ter recolhido tão pouco. Sinal de alerta aceso, deflagrou-se, então, um processo de consulta informal às empresas que já haviam se comprometido a contribuir.
O trabalho de checagem contou com a participação do tesoureiro José Gregori e até do candidato José Serra e logo veio a conclusão: Paulo Preto teria coletado mais de R$ 4 milhões, mas nenhum centavo foi destinado aos cofres do partido, oficialmente ou não. Iniciava ali o enredo de uma história nebulosa com potencial para atingir o seio do PSDB às vésperas das eleições presidenciais.
“Além de representar uma quantia maior do que a arrecadada oficialmente até agora, o desfalque poderá atrapalhar ainda mais o fluxo de caixa da campanha”, explica um tucano de alta plumagem, que já disputou quatro eleições pelo partido.
Segundo ele, muitas vezes as grandes empreiteiras não têm como negar contribuições financeiras, mas, nesse caso, ganharam um forte argumento: basta dizer que já contribuíram através do engenheiro, ainda que não o tenham feito. Até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo.
Ele atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel, empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido.
No caso do Rodoanel, segundo um dirigente do PSDB de São Paulo, cabia a Paulo Preto fazer o pagamento às empreiteiras, bem como coordenar as medições das obras, o que, por força de contrato, determina quanto a ser pago às construtoras e quando. No Diretório Estadual do partido, nove entre dez tucanos apontam a construção do eixo sul do Rodoanel como a principal fonte de receita de Paulo Preto.
Outro político ligado ao Diretório Nacional do PSDB explica que a função do engenheiro na Dersa aproximou Paulo Preto de empreiteiras como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix. Losacco, um dos coordenadores das campanhas de Serra e de Geraldo Alckmin em 2006, afirma que o elo principal de Paulo Preto com o PSDB é Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil de Serra e atual candidato do partido ao Senado por São Paulo. O próprio engenheiro confirma uma amizade de mais de 20 anos com Aloysio (leia entrevista abaixo).
De acordo com um importante quadro do PSDB paulista, desde 2008 Paulo Preto estava “passando o chapéu” visando ao financiamento da pré-candidatura de Aloysio ao governo do Estado. “Não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”, disse à ISTOÉ o diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel.
Geraldo Alckmin acabou se impondo e obtendo a legenda para disputar o governo estadual, mas até a convenção do partido, em junho, a candidatura de Aloysio era considerada uma forte alternativa tucana, pois contava com o apoio do então governador José Serra e da maioria dos secretários. O engenheiro, segundo um membro da Executiva Nacional do partido, agia às claras junto a empresários e a prefeitos do interior de São Paulo.
Falastrão, contava vantagens aos companheiros e nos corredores do Palácio dos Bandeirantes. Prometia mundos e fundos num futuro governo Aloysio. E quando Aloysio deixou a Casa Civil de Serra, muitos passaram a torcer por sua exoneração, o que aconteceu sob a batuta do governador Alberto Goldman. Losacco, que foi secretário-geral do PSDB paulista até 2007, afirma que desde 2008 alertava a cúpula do partido sobre os movimentos de Paulo Vieira na Dersa. “Esse tipo de pessoa existe na administração pública. Tem a facilidade de achacar e não tem o menor controle.
Todo mundo já sabia há muito tempo disso”, conta o dirigente tucano. Diante desses alarmes, a cúpula do partido chegou a cogitar a saída dele da estatal rodoviária há mais de um ano. Mas recuou. “O motivo (do recuo) eu não sei. Deve ter um motivo. Mas no governo às vezes você não consegue fazer tudo o que você quer. Você tem contingências que o obrigam a engolir sapo. E eu acho que esse deve ter sido o caso. Agora, de alguma maneira essa coisa toda vai ter que ser apurada.
Sabemos da seriedade que o governo tem, mas infelizmente fica sujeito a esse tipo de gente”, acrescentou Losacco. Segundo o tesoureiro-adjunto do PSDB, o empresário acaba cedendo, pois “entende que o cara tem a caneta e que pode atrapalhar os negócios”. Os motivos que teriam levado Paulo Preto a dar o calote no PSDB ainda estão envoltos em mistério. Mas, entre os tucanos, circula a versão de que o partido teria uma dívida com o engenheiro contraída em eleições passadas. Na entrevista concedida à ISTOÉ, Paulo Preto nega que tenha feito qualquer tipo de arrecadação e desafia os caciques tucanos a provar essas denúncias. “Acho muito pouco provável que isso tenha acontecido sem que eu soubesse”, disse Aloysio à ISTOÉ. “Não posso falar sobre uma coisa que não existiu, que é uma infâmia”, completou.
No PSDB, porém, todos pelo menos já ouviram comentários sobre o suposto desvio praticado por Paulo Preto nos cofres tucanos. “Fiquei sabendo da história desse cara ontem”, disse o deputado José Aníbal (SP), ex-líder do partido na Câmara, na terça-feira 10. “Parece mesmo que ele sumiu. Desapareceu. Me falaram que ele foi para a Europa. Vi esse cara na inauguração do Rodoanel.”
De fato, depois de deixar a Dersa, o engenheiro esteve na Espanha e só voltou ao Brasil há poucos dias. Na cúpula do PSDB, porém, até a semana passada poucos sabiam que Paulo Preto havia retornado e o tratavam como “desaparecido”. As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio.
No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado. Apontado como um profissional competente e principal responsável pela antecipação da inauguração do rodoanel, Paulo Vieira de Souza chegou a ser premiado pelo Instituto de Engenharia de São Paulo em dezembro de 2009. O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma história profissional ligada ao setor público e há 11 anos ocupa cargos de confiança nos governos tucanos.
No segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi assessor especial da Presidência e trabalhou quatro anos no Palácio do Planalto, como coordenador do Programa Brasil Empreendedor. Em São Paulo, também atuou na linha 4 do Metrô e na avenida Jacu Pêssego, ambas obras de grande porte e também cartões-postais das campanhas tucanas, a exemplo do rodoanel e da marginal Tietê. Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel, ao lado dos principais líderes do partido. A portaria, publicada no “Diário Oficial” em 21 de abril, não explica os motivos da demissão do engenheiro, mas deputados tucanos ouvidos por ISTOÉ asseguram que foi uma medida preventiva.
O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. No inquérito estão planilhas que listam valores que teriam sido pagos pela construtora ao engenheiro. Seriam pelo menos quatro pagamentos de R$ 416,5 mil entre dezembro de 2007 e março do ano seguinte. Apesar de o relatório de inteligência da PF citar o nome do engenheiro inúmeras vezes, Paulo Preto não foi indiciado e, em janeiro, o inquérito da Operação Castelo de Areia foi suspenso por causa de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça.
O temor dos tucanos é que durante a campanha eleitoral a liminar seja suspensa e a Operação Castelo de Areia volte ao noticiário. Outro episódio envolvendo o ex-diretor da Dersa foi sua prisão em flagrante, em junho deste ano, na loja de artigos de luxo Gucci do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Solto um dia depois, ele passou a responder em liberdade à acusação de receptar um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Paulo Preto e o joalheiro Musab Fatayer foram à loja para avaliar o bracelete, que pretendiam negociar. Desconfiado da origem da joia, o gerente da loja, Igor Augusto Pereira, pediu para que o engenheiro e Fatayer aguardassem.
Ao cruzar informações sobre o bracelete negociado, o gerente da Gucci descobriu que aquela joia havia sido furtada da loja em 7 de maio. Em seu depoimento, o gerente da Gucci disse para a polícia que foi Paulo Preto quem entregou o bracelete para que ele o avaliasse. O ex-diretor da Dersa alegou ter recebido a joia de Fatayer e que estava disposto a pagar R$ 20 mil por ela. O eventual prejuízo provocado por Paulo Preto pode não se resumir ao caixa da campanha. Um dos desafios imediatos da cúpula tucana é evitar que haja também uma debandada de aliados políticos, que pressionam o comando da campanha em busca de recursos para candidaturas regionais e proporcionais. Além disso, é preciso reconquistar a confiança de eventuais doadores, que se tornarão mais reticentes diante dos arrecadadores do partido.
Agora as perguntas que não querem calar, Serra sendo amigo de Paulo Souza não sabia da mutreta e o PSDB deixou mais de 4 milhões "sumirem" magicamente? Ninguém acredita mais em você Serra Mil Caras!
Entenda Porque o PSDB afundaria o Brasil durante a Crise Mundial de 2008 e 2009
Este vídeo traça uma cronologia da crise mundial (2008-2009) sob a ótica da imprensa brasileira e da oposição ao governo Lula, do PT.
Com pouco mais de 9 minutos de duração, o vídeo traz também uma resposta aos que não entendem como o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) conseguiu quebrar o Brasil três vezes, a despeito de ter liquidado quase todas as estatais lucrativas.
Pois, ao que parece, os "economistas PhDs" do PSDB não conseguem enxergar além das "receitas importadas" dos seus gurus neoliberais internacionais. E no meio do "efeito manada", o economista (?) José Serra disparou a dar entrevistas em que apontava os "graves erros" que a equipe econômica do governo Lula estava cometendo para tentar superar a crise, pois "ia na contramão" das medidas adotadas pelas grande potências mundiais que, segundo Serra, "eram as únicas soluções possíveis".
E o vídeo aponta as "medidas" e as contradições de José Serra ante a crise quando ele ainda era governador do Estado mais rico da Federação.
Ao economista (?) José Serra (e a todos os demais "especialistas" da direita conservadora do Brasil) parece faltar a ousadia, a sensibilidade e a criatividade mostradas pelo governo do PT para superar as falhas graves, como a crise financeira mundial e a desigualdade social de um grande país que, definitivamente, não deve ficar importando "receitas de bolo" estrangeiras para superar as dificuldades internas.
O vídeo mostra também de que forma a grande imprensa brasileira (que se popularizou na blogosfera como "PIG") exerceu um papel totalmente antipatriótico. Pois que, no furor para destruir a imagem de Lula, "importou' a crise e trouxe graves consequências ao Brasil, onde a crise poderia ter batido de forma mais suave se não fosse o alarmismo dos empresários que, pelos noticiários da imprensa, resolveram erroneamente demitir funcionários.
Em tempo: a imprensa brasileira foi a única do mundo (daqueles países que não tinham nada a ver com a crise) que expôs com destaque e sensacionalismo a crise econômica mundial. A abordagem alarmista foi ainda pior do que aquela mostrada pela imprensa norte-americana ou europeia.
Quem é Serra Mil Caras?
Por isso mesmo, para esconder o que não pode mostrar, esse senhor se fantasia como “do bem”: como um devoto romeiro que, à frente no templo, à vista de todos, bate no peito para se mostrar: “não sou como os outros...”
Vocês podem enganar muita gente durante muito tempo, certamente. Mas vocês não podem enganar todo mundo durante todo o tempo.
Perguntem ao juiz Flávio Bierrenbach quem é esta triste figura...
Alguém já se perguntou sobre as ligações desse senhor com o Daniel Dantas? Os mesmos procedimentos, mesmos instrumentos, a mesma sociedade...
Como será que eleitores podem confiar em alguém que, ainda como candidato, pega o telefone e dá ordens à Suprema Corte, procurando intervir no judiciário?
Imagina o que fará se for eleito?
Como confiar em alguém que tem como sua tropa de choque toda a imprensa falada, escrita e televisiva, a mesma que se fartou durante a ditadura militar e, em seguida, prestou serviços e favores insubstituíveis à implantação e fomento diário à radicalização das políticas ultra-liberalizantes?
Como confiar em quem goza da plena confiança de ruralistas, latifundiários e de todas as elites responsáveis pelo atraso e pela miséria do povo brasileiro?
Como confiar em alguém que pensa o Brasil a partir de São Paulo, que faz guerra fiscal contra os outros estados e se aproveitou do corte do IPI, feito pela União em combate à crise internacional, para aumentar o ICMS do Estado de São Paulo?
Como confiar em quem vê o crédito para as famílias fazerem “puxadinhos”, como uma grande solução para o problema habitacional dos pobres?
Como confiar em um candidato que sequer menciona qualquer palavra sobre a universidade, pois que acha que, para o povo, basta o ensino técnico e alguns cursinhos rápidos apenas? Fazendo da educação uma grande negociata, uma das maiores do século XXI, sob a batuta mercantil do secretário Paulo Renato?
Como confiar nesta triste figura, que quer ver o fim do Mercosul?
Que fez parte de um governo cujo chanceler se submeteu a tirar os sapatos para poder pisar em solo americano do norte?
Que, se tivessem tido tempo de aprovar a ALCA, a Aliança de Livre Comércio das Américas, teriam levado o nosso país - e a América Latina toda junto - à bancarrota e a desgraça?
Que por pouco não chegaram à privatização completa da Petrobras (Petrobrax) e que propõe a entrega do Pré-Sal às petroleiras internacionais?
Que, arquivadores mores da República, só querem mesmo é dar um basta ao processo inédito em curso, de combate à corrupção, via CGU, polícia federal e Ministério Público.
Como confiar nesta figura que esconde qualquer nesga que possa tisnar sua aparência de “boa” figura, apresentando-se como “do bem”, como bem cabe às artes da diabolia, ao pai da mentira, ao enganador?
Esconde a cracolândia paulista; esconde o PCC; esconde a causa dos incêndios nas favelas; esconde os bairros pobres inundados pela abertura de comportas que evitam o alagamento da cidade dos ricos; esconde o favorecimento à imprensa que, fantasiada de isenta, o apóia descaradamente; esconde as brigas e disputas internas de sua corte...
E quem sabe a troco do que, ele consegue manter coesos – o DEM/PFL a gente sabe bem – os cabeçudos do seu partido? Ou ao menos o mineiro, recém eleito senador, que havia dito que deixaria a agremiação: que chantagem o levou a dar apoio ao candidato? Não seria apenas a ameaça de fazer repercutir o entrevero com uma mulher, na saída de uma boate no Rio de Janeiro, não é mesmo! Coisa bem mais grossa deve ter por trás...
Roubalheira banca campanha milionária de Serra
Quem vai cair nessa Serra? Você acha que somos burros?
Quem Serra está defendendo?
Serra é Mil Caras!
Escândalo de Roubalheira no Governo de Serra
A obra de extensão do Metrô, em São Paulo. Para a PF, os manuscritos mostram que teria havido corrupção na construção
Para fazer frente à propaganda do PT, que apresenta a candidata Dilma Rousseff como a “mãe” do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, a principal arma do PSDB e seu candidato, José Serra, são as grandes obras feitas pelo seu governo em São Paulo. Entre elas estão a Linha 4 do Metrô e o trecho sul do Rodoanel, o anel viário no entorno da capital paulista que liga as principais rodovias do Estado. A estratégia de Serra sofrerá o impacto de novas suspeitas de corrupção lançadas pela Polícia Federal no inquérito da Operação Castelo de Areia, que investigou a Construtora Camargo Corrêa.
As suspeitas da PF se baseiam em material apreendido na casa do diretor financeiro da empreiteira, Pietro Giavina Bianchi: um pen drive e uma pasta com documentos. Para a PF, as anotações encontradas lá reúnem indícios de pagamento de propina pela empreiteira em grandes obras públicas. A contabilidade se refere aos anos entre 2006 e 2008. ÉPOCA teve acesso ao relatório da inteligência da PF com a análise das anotações feitas por Pietro. Algumas delas sugerem ligações do diretor financeiro da Camargo Corrêa com altas autoridades de governos tucanos em São Paulo.
Um dos manuscritos, datado de 2006, com anotações referentes às obras do Metrô e do “anel viário”, relaciona valores ao lado das iniciais “AM” e Arnaldo Madeira. Seria uma alusão, segundo a interpretação da polícia, ao deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que foi chefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin. Os valores, segundo a conclusão da PF, foram contabilizados como “custos diversos” por Bianchi e representaria 5% da receita líquida da empresa no dia 21 de março. No total, esses “custos diversos” representariam R$ 326.500 e foram divididos em três partes: R$ 32.650 (0,5%) para “AM”; R$ 130.600 (2%) para “CAMP”, ao lado das anotações “Rosa + Arnaldo Madeira”; e R$ 163.250 para “Metrô (+ Ass)”, seguida do manuscrito “David”. Essa parte, segundo a PF, supostamente teria sido destinada a Luiz Carlos Frayze David, que foi presidente da Companhia do Metropolitano entre 2003 e 2007.
Em 2006, Arnaldo Madeira elegeu-se deputado federal e não registrou oficialmente nenhuma doação vinda da Camargo Corrêa ou de suas empresas para sua campanha eleitoral. Madeira negou ter recebido dinheiro ou doações de campanha da empreiteira. “Eu nem conheço o diretor financeiro da Camargo Corrêa, nem sei quem é. Não tenho nenhuma relação com os sócios da empreiteira, o que pode ser até falha minha. Pode ser até que eu conheça de algum evento social, mas não sou capaz de identificar um diretor da empreiteira.” Como chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Madeira era o responsável por checar se as obras do Metrô e do Rodoanel estavam no prazo previsto. Madeira diz não ter ideia de como seu nome foi parar nas anotações do diretor da Camargo Corrêa e disse que não foi comunicado oficialmente sobre nenhuma investigação a esse respeito.
No relatório da inteligência da PF sobre o material apreendido na casa de Bianchi, o maior número de menções se refere supostamente ao ex-presidente do Metrô Luiz Carlos Frayze David. São quatro referências, que totalizariam R$ 778.220. Numa anotação datada de 31 de janeiro de 2006, ele foi identificado pelos policiais federais como o “DV+DIR+ASS” que teria recebido R$ 160 mil da Camargo Corrêa. Ele também estaria representado pelas siglas “DV” e “Diret”.
David saiu da presidência do Metrô em fevereiro de 2007, logo no começo do governo Serra, 40 dias após o acidente nas obras da Estação Pinheiros, que soterrou sete pessoas. O Ministério Público Estadual o corresponsabilizou pelo acidente. Ele é réu no processo que pede o ressarcimento de R$ 240 milhões aos cofres públicos como indenização pela cratera aberta em 2007. Atualmente, é assessor técnico da Secretaria dos Transportes. ÉPOCA o procurou para entrevistá-lo na última sexta-feira, mas sua secretária informou que, nesses dias, ele não costuma aparecer na Secretaria dos Transportes.
No documento dos policiais federais também há várias referências às obras do trecho sul do Rodoanel. Nele, o principal personagem é Paulo Vieira de Souza, ou simplesmente “Paulo Preto”. Souza foi diretor do Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o órgão responsável pelo Rodoanel. Ele é amigo de Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil do governo Serra e candidato a senador pelo PSDB. Segundo os policiais, Souza teria recebido quatro pagamentos mensais de R$ 416.500, desde dezembro de 2007. Neste ano, apenas oito dias depois de ter participado da inauguração do Rodoanel, Souza foi exonerado do cargo sem explicações oficiais.
Souza estava na Dersa desde 2005. Mas era funcionário de carreira do governo paulista havia 20 anos e diz desconhecer os motivos de sua demissão. “O Rodoanel é a única obra do PAC que não teve superfaturamentos e foi entregue no prazo. Nem todo mundo deve ter gostado”, diz ele, sugerindo que sua atuação teria desagradado a partes envolvidas na construção do anel viário. O governo federal, por meio do PAC, investiu cerca de R$ 1,7 bilhão na obra. Segundo o próprio Souza, ele e Nunes Ferreira são amigos há decadas. “Nunca fui comunicado oficialmente. Também não conheço nenhum diretor da Camargo Corrêa citado no caso”, disse.
Nunes Ferreira também reconhece a amizade antiga, mas nega ter recebido doações ilegais da empreiteira. Segundo ele, o Rodoanel foi aprovado pelos órgãos competentes de fiscalização e continuará como uma das vitrines de Serra na campanha. “O Rodoanel teve apenas um aditivo de 5% de seu valor total, um recorde para os padrões do Brasil”, diz.
Em janeiro, o ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu paralisar por meio de uma liminar todos os processos da Castelo de Areia até que seja julgado o pedido da defesa da Camargo Corrêa que reclama de irregularidades na investigação. É importante lembrar que as acusações da PF são feitas com bases em indícios e precisam ser comprovadas.
Retirado e remixado de http://www.estadoanarquista.org
Políticas culturais nos Governos FHC e Lula
O segundo turno das eleições presidenciais de 2010 nos convida a uma reflexão acerca das políticas culturais inscritas nos projetos políticos em confronto. Mais que um mero embate entre as personalidades de Dilma e de Serra, como muitos querem fazer crer, importa entender que a efetiva disputa eleitoral acontece entre projetos políticos distintos que se expressam nestas candidaturas.
Para as pessoas interessadas em cultura, cabe analisar como estas forças políticas tratam a cultura. Tal compreensão implica, por exemplo, na análise comparativa das políticas culturais desenvolvidas pelos governos no plano federal: PSDB (1995-2002) e PT (2003-2010).
O Governo FHC teve um único Ministro da Cultura: Francisco Weffort. A atuação prioritária do Ministério da Cultura esteve voltada para desentravar e ampliar o funcionamento das leis de incentivo no país. Não por acaso a cartilha Cultura é um Bom Negócio se tornou um documento emblemático da atuação deste governo no campo da cultura. A efetiva ampliação do funcionamento das leis de incentivo foi conseguida, em especial, através da orientação do governo para as empresas estatais investirem no campo cultural.
Além de estimular a aplicação e ampliação da lógica das leis de incentivo, o ministério desenvolveu alguns projetos como o Monumenta, voltado para a área de patrimônio físico, mas realizado institucionalmente fora do IPHAN, e o programa de expansão do número de bibliotecas no Brasil, visando dotar todos os municípios de, pelo menos, uma biblioteca, meta não realizada apesar do esforço desenvolvido. Também a área de patrimônio imaterial foi contemplada, através da criação de legislação específica neste setor. Mas estas e outras iniciativas não se pretendiam como contraposições à prioridade conferida às leis de incentivo. Elas atuavam de modo complementar à opção política tomada.
Esta política de priorizar as leis de incentivo inibiu, em boa medida, a deliberação do governo sobre os projetos culturais e, por conseguinte, sobre políticas culturais, pois a decisão efetiva sobre a cultura a ser estimulada foi transferida para as empresas, conforme previsto na modalidade de leis de incentivo vigente no Brasil. A escolha se mostrava sintonizada com a conjuntura nacional e internacional de fortalecimento do papel do mercado e inibição da atuação do estado. O orçamento do Ministério no final do período é de 0,14% do orçamento nacional.
O Ministério da Cultura no governo Lula foi ocupado por Gilberto Gil (2003-2008) e Juca Ferreira (2008-2010). Tais ministros assumiram posição contrária ao predomínio das leis de incentivo, ainda que projeto neste sentido só tenha sido enviado ao Congresso em 2010. Eles defenderam desde o início a necessidade de retomar o papel ativo do estado na formulação e no desenvolvimento de políticas culturais.
A construção de políticas de cultura foi realizada com a participação da sociedade por meio de seminários, câmaras temáticas e encontros, como as duas Conferências Nacionais de Cultura de 2005 e 2010. Uma maior institucionalidade para o campo cultural foi buscada através do desenvolvimento do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que pretende articular a federação, os estados e os municípios, e do Plano Nacional de Cultura (PNC), conformado em interação com o Congresso Nacional, além da criação de novas instituições culturais, como o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e novos órgãos como a Diretoria de Relações Internacionais do Ministério da Cultura.
Diversos projetos foram implantados e alguns ganharam grande projeção como: Pontos de Cultura, por certo uma das atividades de maior repercussão nacional e internacional do Ministério, e DOC-TV, que envolve televisões públicas de todo Brasil e o Ministério da Cultura para a produção e divulgação de documentários e que, dado o sucesso, já teve várias versões, inclusive internacionais, como as latino-americanas e para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
As políticas para a diversidade cultural assumiram lugar relevante no governo Lula. No debate internacional sobre a diversidade cultural promovido pela UNESCO para construir a Declaração (2001) e a Convenção (2005), o Brasil teve inicialmente uma posição bastante ambígua. Mas tal postura foi radicalmente modificada com o novo governo. O Ministério da Cultura e o Ministério das Relações Exteriores, em conjunto, atuam vivamente em prol das normas internacionais de defesa da diversidade cultural. No plano interno, o Ministério da Cultura criou a Secretaria da Identidade e da Diversidade Culturais (SID) para implantar políticas e dar visibilidades aos documentos internacionais. Na busca de empreender políticas para a diversidade, a SID, pela primeira vez na história brasileira, desenvolveu uma política cultural para os povos originários, algo que nunca tinha ocorrido no país.
A política cultural diferenciada implicou também em um aumento substancial do orçamento do Ministério, que se aproximou de 1% do orçamento nacional. O orçamento reforçado possibilitou ampliar o Fundo Nacional de Cultura, permitindo contemplar uma maior diversidade de expressões e regiões culturais. A articulação entre diversos ministérios, inspirado no PAC, viabilizou o Programa Mais Cultura, que ampliou os recursos para a cultura, com destaque, para as áreas mais carentes e de maior vulnerabilidade social.
Esta breve exposição das atividades culturais desenvolvidas nos governos do PSDB e do PT aponta nitidamente para dois projetos culturais bem distintos: um que deprime as políticas culturais do estado nacional e deixa a cultura ser regulada prioritariamente pelo mercado e outro que constrói políticas culturais públicas, através do diálogo entre estado e sociedade, visando preservar e promover a diversidade cultural brasileira. A comunidade cultural está convocada democraticamente a fazer sua escolha entre estes dois projetos expressos nas candidaturas de Dilma e de Serra.http://www.
Mulher de Serra já fez aborto?
Em um evento no Rio de Janeiro, há um mês, Monica teria dito a um evangélico, segundo a Agência Estado, que a candidata Dilma Rousseff (PT), que defendeu a descriminalização do aborto em 2007, é a favor de "matar criancinhas".
No último domingo (10), a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem no site Facebook para "deixar a minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema aborto. Ela escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. "Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático", escreveu Sheila. Procurada pela reportagem da Folha, a bailarina diz que "confirma cem por cento" tudo o que escreveu.
O jornal localizou uma segunda aluna de Monica, que falou sob anonimato. Ela afirma que a psicóloga contou em aula que fez o aborto por causa da ditadura, pois o futuro dela e de José Serra era muito incerto.
A reportagem do jornal afirma que tentou falar com Monica durante dois dias, mas sua assessoria disse que "não havia como responder".
Por Redação Yahoo! Brasil
Proposta de Cultura do Serra
As propostas parecem ter sido tiradas dos anos 30, uma coisa beirando o fascismo que apela para uma suposta identidade nacional e garante que uma elite possa ditar o que é cultura ou não.
Queremos uma Cultura Viva não essa Cultura morta que Zé Serra tá oferecendo.
Abaixo as propostas de Serra:
- Implementar a Virada Cultural para todo o país: 24 horas ininterruptas de manifestações artísticas e culturais.
- Criar museus, centros culturais e bibliotecas pelo Brasil todo.
- Criar Centros Culturais voltados especialmente para a Juventude.
- Garantir fontes diversificadas de recursos para projetos culturais e triplicar as verbas do Ministério da Cultura.
- Distribuir 100 milhões de livros de literatura brasileira por ano para alunos e professores da rede pública.
- Investir na preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural, material e imaterial.
- Fortalecer o cinema nacional, principalmente quanto à distribuição e exibição.
- Incentivar a formação de corais nas escolas.
- Incentivar a formação de orquestras.